Navegando pelo universo corporativo, você já deve ter se deparado com essa sigla, que está sempre acompanhado de algumas palavras, como “práticas” ou “relatórios”. Eu sei que todos os dias surgem assuntos novos e nem sempre dá tempo de se atualizar de tudo, por isso, nesse post, vou explicar com detalhes o que é ESG nas empresas. Por que virou um tema importante? A prática está em crescimento da prática no Brasil?
O que significa a sigla ESG?
Essas três letrinhas significam Environmental, Social and Governance (no português: Ambiental, Social e Governança) e se trata tanto de um propósito, quanto de uma resposta das empresas aos desafios da sociedade atual.
É uma forma das companhias, na medida que buscam um aumento de valor econômico, se comprometerem para promoverem uma economia mais justa e próspera para todos, gerando valor a longo prazo para a sociedade.
Quando ESG virou uma pauta?
O termo surgiu pela primeira vez no relatório Who Cares Wins (Ganha quem se importa) da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2004, quando o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, desafiou 50 CEOs das maiores instituições financeiras do mundo a integrar fatores sociais, ambientais e de gestão até 2030.
A sigla ESG une três preocupações que as empresas devem ter: o impacto que causa no meio ambiente, nas pessoas e em sua gestão corporativa. Segundo o Pacto Global, da ONU, a busca pelo termo nas redes sociais cresceu 2600% nos últimos anos. Em 2019, a sigla tinha 4 mil menções virtuais, enquanto só nos primeiros meses de 2023 já tinha 109 mil buscas.
O que é ESG para as empresas brasileiras?
Para as empresas brasileiras, o ESG ainda está em fase de amadurecimento, mas está se consolidando a cada dia, segundo especialistas. O cenário do ESG teve seu melhor ano em 2023, nas quais 91% das companhias de capital aberto no Brasil, publicaram relatórios de sustentabilidade.
Embora tenhamos atingido também a marca de 67% das empresas brasileiras adotando o ESG como pilar estratégico, 54% não estabeleceram metas para sua estratégia.
Em conclusão, o que está em aberto agora é se as empresas continuarão adotando essas estratégias ou se irão seguir o caminho da BlackRock, maior gestora de fundos de investimentos, que lutou durante anos por mudanças no comportamento empresarial. Em março de 2024, ela decidiu abandonar a Agenda ESG e focar apenas em investimentos de transição e uma resiliência econômica.
De qualquer forma, transparência, regulamentação e materialidade são fatores-chaves para o crescimento do ESG, além claro, do enfrentamento da crise climática. Todos esses fatores não são mais nenhuma tendência, mas sim uma realidade.
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